Apesar da pequena população, é uma das localidades mais antigas de Santa Catarina e do Brasil, pela proximidade com São Francisco do Sul. A maior parte da população "nativa" é descendente de portugueses e indígenas, e herdaram de ambos a intimidade com o mar, a culinária baseada em frutos do mar e a tradição da Farra do Boi ? uma festa semelhante a praticada em algumas cidades da Espanha e da França, onde um boi é solto pela cidade e corre atrás das pessoas. (Devido a ocasionais maus-tratos, esta brincadeira é especificamente proibida pela lei brasileira.)
Os primeiros três habitantes não-indígenas, no século XVII formavam uma patrulha militar que protegia viajantes (a pé, pela beira da praia) de ataques dos índios e de contrabandistas. Num ritmo extremamente lento, outros imigrantes foram fixando-se na região da futura cidade de Balneário Barra do Sul, concentrando suas atividades econômicas em agricultura de subsistência, pesca e produção de farinha de mandioca, além de fornecimento de matérias-primas para a indústria.
Por séculos, não havia estradas saindo de Balneário Barra do Sul para as cidades próximas. As opções eram andar pela beira do mar, ou usar a via aquática do Canal do Linguado. As duas principais estradas foram construídas apenas na segunda metade do século XX. A primeira (Salinas) foi aberta incidentalmente, motivada pelo extrativismo do palmito. A estrada resultante foi retificada e aterrada pelo Exército em 1960 a ponto de ser utilizável por automóveis. Esta estrada liga Balneário Barra do Sul à Barra do Itapocu.
A segunda estrada, que é hoje asfaltada, liga Balneário Barra do Sul a Araquari e São Francisco do Sul, e foi aberta pelo dono de uma grande gleba de terras, que pretendia vender suas terras em pequenos lotes. A existência de uma estrada naturalmente aumentava as chances de haver interessados nos lotes. Nos anos 1990 esta estrada foi retificada e asfaltada, mas um grande trecho da "estrada velha", tortuosa e de terra, ainda existe no traçado original, em paralelo com a via rápida.